Várias são as lendas que envolvem essa caneta. Eu já escrevi aqui como passei a gostar dela, hoje escrevo um pouco sobre sua notoriedade.
O que fascina tanto, final, nessa caneta? Penso que é o fato de ter conseguido ir além das canetas tinteiro, sem deixar de ser uma. É que com sua pena era inserida na cápsula, podíamos escrever sem manchar os dedos, daí a máxima “Escreva seco com tinta líquida”;
Ao segurá-la, notamos que uma pequena joia, em sua tampa, faz um balanço com o tudo de tinta (tecnicamente chamado de “conversor”, fazendo com que a única preocupação da mão seja de escrever, sem precisar ficar aguentando a caneta.
Saíram de linha nos Estados Unidos em 1970, mas continuaram a serem fabricadas no Brasil, até 1981.
Mesmo com a ascensão das esferográficas, as Parker 51 nunca perderam a majestade, tanto que em 2002 foi emitida uma edição especial, com vendagem esgotada.
Várias versões dela existiram. Basicamente três: as com enchimento por pistão, as com enchimento por bomba e, por último, foi tentado um sistema com cartucho.
Começou a ser produzida em 1939, para comemorar os 51 anos da empresa (daí o nome “51). Mais de 20 milhões foram produzidas, virou sucesso absoluto, tanto que até hoje podemos encontrar uma ou outra zero quilômetro, verdadeiras joias, à venda.
Houve a Parker 61, com enchimento automático, logo depois a 75, mas a 51 continuou imbatível.
No Blog Seanor podemos ler que tinham Parker 51: Winston Churchil, Albert Einstein, Ernest Hemingway, John F. Kennedy, Lyndon Johnson, Bush e Gorbatchev.
Getúlio Vargas assinou sua carta testamento com uma Parker 51! Essa caneta foi entregue a Tancredo, que a usaria em sua posse (que, sabemos, nunca acontece). Tal caneta está hoje com Aécio Neves;
O dono da Parker gozava de conceito ilibado. Houve uma linha das Parkers (não as 51) que tinha uma suástica na tampa, a suástica é usada desde a antiguidade. Quando Parker soube que Hitler usou a suástica como símbolo do nazismo, Parker, que era judeu, enterrou todas as fabricadas, ainda em estoque, sob a fundação de uma nova fábrica, para sepultá-las.
Existem muitas a venda nos “mercados livres” da vida, mas somem rápido, sinal que ainda hoje a lenda subsiste.