Mês passado (outubro), eu escrevi esse texto para publicar aqui, mas não o publiquei na época:
“Eu sabia que isso estava acontecendo, mas não queria escrever para não acharem que eu estaria sendo profeta do apocalipse: as grandes livrarias estão sucubindo, mirrando, fechando.
A Livraria Cultura, ícone, está em recuperação Judicial.
A Fnac (que pertencia à Cultura) já fechou.
A Saraiva, ah a Saraiva (há uns anos eu até fiz um post elogiando a loja aqui de Manaus, mas eram outros tempos, ainda era uma loja muito legal; mas hoje… parece que está indo.
Há tempos eu não entro na Saraiva Megastore do Manauara. Desde 2007, na inauguração, nunca deixei menos de duzentos reais no mês l[a.
Realmente tinha tudo, ainda que não tivesse nada que se quisesse comprar, se entrava l[a e se encontrava algo para torrar dinheiro. Era o paraíso.
Ah um mês o estoque está secando, até o cenário está mudado por lá, poucas coisas, nada chega de novidade.
Perguntei de um atendente lá: “Está fechando, é?”, no que ouvi: “Estamos com umas dificuldades, apenas”. Olha, para o atendente ter dito isso, é porque a coisa é grave.”
Pois bem, aqui estou em no fim de novembro, lendo a manchete de que a Saraiva acabou de pedir Recuperação Judicial.
Eu lia que a situação estava ficando pior e pior em manchetes dos jornais, como AQUI, AQUI e AQUI ou seja: está caindo mesmo.
Uma pena.
Eu juro que estava com esse post pronto há algum tempo, mas não queria publicá-lo para não parecer pessimista ou Cavaleiro do Apocalipse. Infelizmente eu estava certo.
Lá vão as três medidas a serem tomadas pela Saraiva “ontem”:
1 – Esquecer sua linha de leitores eletrônicos. É burrice concorrer com a Amazon em livros digitais, vai torrar dinheiro em algo sem lucro.
2 – Dar atenção ao cliente. Ou treina os funcionários, ou renova tudo, ou paga comissão para ver se eles se importam com os fregueses da loja.
3 – Baixar imediatamente os preços dos livros. A começar pelos da Editora Saraiva (que, ao contrário do que se possa pensar, não pertence à mesma empresa, mas sim à Somos). Os preços atuais são algo entre o descaramento o roubo, de tão caros.