Eu havia dito em outro post que minha primeira moto seria uma Honda Pop 100. Bem, fui olhar direito e a Pop 100 tem um defeito horrível: a roda traseira é menor que o dianteiro. E quando a localizei na revista “Duas Rodas”, li que ela é classificada como “Motoneta” – Ou seja: nem MOTO é! Lembrei ainda que, quando prendia comprá-la, estava iniciando os treinos de moto, eu não tinha segurança em dominar a máquina, ainda; a escolhi por ser baixinha e tals. Com p tempo, ganhei mais confiança, e queria uma máquina de verdade!
Saí procurando nas concessionárias. Descartei as Dafra e Suzuki, inicialmente, por achar que seria difícil encontrar peças, no futuro. Fiquei entre a Honda e a Yamaha. Pesquisei tudo quanto era googles, youtubes e revistas: era quase unanimidade que as Yamahas eram mais confortáveis e mais bonitas, embora de manutenção mais cara. Seria uma Yamaha. Fui na Concessionária TV-Lar motos e saí montando as máquinas, a que me deixou com os dois pés no chão (literalmente) foi a Factor, antiga YBR 125, meu instrutor até já me havia recomendado a Factor mesmo. Estava escolhida.
Quanto à cor:
Olhando em volta, notei que é um standard aqui em Manaus que as motos são quase todas pretas ou vermelhas, seguidas pelas azul escuro; então, já que a minha moto tem nada de especial, é só uma Yamaha Factor, que ao menos seja menos igual às outras, sendo branca!
O outro motivo, é emocional:
- O primeiro carro que lembro de meu pai chegando em casa, em 1977, um Passat, era… branco!
- O segundo, um Corcel, era… branco!
- Uma picape D-20 que meu irmão tinha em 1990 era… branca!
- A casa dos meus pais na Chácara é… branca!
Ora, minha primeira moto então tinha que ser…
Quanto ao nome da moto, “Aretusa” gostei desse nome, soa bem, achei engraçado. E é o nome da primeira mulher do Ronnie Von (li o livro biográfico dele recentemente, como resenhei aqui, daí o nome “Aretusa” me ficou na cabeça), é também o nome de uma diretora de filmes alternativos; o coloquei na moto.
Afora a partida elétrica e o freio dianteiro a disco, nada possui a Aretusa de especial quanto a características físicas. Nada de injeção eletrônica (ainda tem carburador e afogador!) ou freio ABS, isso fica para minhas futuras motos. Posso dizer que ela só tem o basicão; além de ser mais barata, me deixa sentir o espírito puro das duas rodas.
Com o tempo, coloco som, alarme, trava,corta-linha, mata-cachorro, bagageiro etc.
De acessório inicial, só mandei aplicar fitas azuis reflexivas nos pneus.
Assim como com carro novo, a adaptação inicial foi difícil, pois só havia guiado uma única moto na vida, a Honda CG 125, que utilizei no aprendizado e treinamento. Como todo veículo de auto-escola, é hard, turrona, rodada de guerra. De repente pego uma moto novinha, toda tinindo, basta um toquinho na manopla que ela gira, uma triscadinha no pedal do freio e ela responde – posição de pilotagem ligeiramente diferente. A direção é muito molinha, suave – pode parecer bom, mas torna tudo mais perigoso, pois se precisa manter os braços absolutamente firmes, qualquer molejo acidental no guidom e ploft.
´Faltas que fazem falta´ na Factor: Não tem conta-giros, o que não deixa o iniciante saber quando está ou não no momento de trocar de marcha; não adianta se guiar pelo barulho, já que ela é silenciosa (é uma qualidade, mas nisso vira defeito); igualmente não sem marcador da marcha, no painel, aí, tudo tem que ir no “feelig” e na vibração mesmo.
Isso pode não ser grande coisa quando se está pilotando há tempos, mas para um recém-nascido em duas rodas como eu, foi tenso.

O objetivo futuro é ter maias uma Scooter e uma Harley-Davidson “Fatboy”.