Eu já tinha adentrado à faculdade, podia relaxar um pouco nos estudos, – assim pensava. Podia agora dar vazão ao sonho rock´n´roll: ter uma banda, finalmente. A inspiração final veio do show do Nirvana no Hollywood Rock de janeiro de 1993. Só três integrantes, som simples, seria assim.
Eu já tinha equipamento e local para ensaiar, só faltava “quase nada”: os integrantes. Por um anúncio de jornal cooptando um baterista, conheci Eduardo Camilo; meu amigo de logas datas Darlan seria o guitarrista, Eu seria o baixista.
O Darlan foi o primeiro que quis sair. No luar dele entra Nilo Tavares, trazido pelo Eduardo Camilo. fechei o contrato de gravação de nossa primeira demo, ensaiamos as músicas: os DOIS pediram pra sair.
Existia só eu, estudio alugado e pago, 8 músicas compostas e… só!
O Paulo Dinelli leu o anúncio (aquele que eu havia publicado há semanas). Ele indicou o Jaime Artur. Em um sábado do início de junho de 1993 estávamos na Chácara ensaiando as 8 músicas.
Gravamos tudo. Dali saímos trabalhando a música nas rádios e televisões, a “Nós só temos que esquecer”. Em um dos shows, encontramos o Eduardo Bianco, que se tornou nosso empresário.
Entramos de cabeça no que gostávamos, funcionou, já que o público começou a gostar de nós também.
Entre julho de 1993 e julho de 1994, chegamos ao segundo lugar nas mais pedidas da “Rádio Cidade”, fizemos 64 show, figuramos mais de 20 programas de televisão. uma dezena de entrevista em rádios.
Eu podia ouvir o refrão da nossa música “Nós só temos que esquecer” sendo cantarolada por desconhecidos nas ruas.
Dessa formação mais promissora, o Paulo Dinelli foi o primeiro a sair.
Fizemos um último grande show, no Studio 5, com a Alexandre Novaes substituindo-o.
Ainda tetei remontar a Alta Ralé umas três vezes, de forma infrutífera.
Em 1996 adentrei em outras bandas.
Observação: 10% das histórias da Alta Ralé já daria um livro com centenas de páginas. Esse post é uma menção àquela banda, oportunamente detalho mais.
Ainda tem o baixo?
Sim, e ano passado voltou a ser branco original.