Allen Klein foi o empresário dos Beatles a partir de 1968.
Adentrou nos negócios da banda contra a vontade de Paul, que queria o sogro e e cunhado.
Klein convenceu John Lennon a contratá-lo como empresário. John convenceu George e Ringo.
Paul não aceitou, e nunca assinou o contrato.
Klein assumiu, demitiu um monte de amigos dos Beatles da Apple, renegociou os royalties das músicas, limpou a casa.
Era implacável, mas eficiente.
O problema é que o cara era grosso, “do mau”. Ferrou os Rolling Stones e não era de muito papo.
Nos anos 70 puxou uma cadeia por delitos tributários em casos que não tinha a ver com os Beatles.
Pegou uma bolada e saiu da Apple, mas até o fim de sua vida continuou uma personalidade controversa. Era tão “do mal” quando queria que, em uma briga com George Harrison, certa vez ele foi acusado de plágio sobre sua música “My Sweet Lord”, alegaram que era plágio de “She´s so fine”. Pois bem, Klein comprou os direitos autorais de “She´s so fone”… só para processar Harrison! Será que ele era tinhoso?
É dono da Abko Records, que teve os Rolling Stones sob contrato até 1969, é dele (digo dela, a empresa) a administração dos direitos autorais da “Satisfaction”, por exemplo.
E eu acho que sou o único cara no universo que reconhece a importância de Allen Klein. Não fosse ele, a Apple teria quebrado.