É aquela turma onde:
- – Só seis pessoas vem pra aula;
- – Sentam no fundo da sala:
- – Duas conversam; e
- – Duas ficam trocando sorriso com o celular no WhatsApp
Resultado: O idiota do professor ministra aula para duas pessoas, mas tendo ainda que brigar para ser ouvido, já que as outras duas conversando concorrem nas mesmas ondas sonoras.
isso tem um nome: “turminha deprê” (ou “turminha da depressão”).
Geralmente são de época final de faculdade (último ano ou último período).
No meu tempo de faculdade, há vinte anos. Lembro que havia um professor, Mário Jorge, cujos alunos simplesmente não iam para a aula, ele também não fazia chamada. Eu e uns quatro iam porque ele sentava na mesa e ministrava aula porque gostava. Falava baixo, quase “pra dentro”. O que fazíamos? Puxávamos as carteiras, grudávamos na mesa dele para podermos ouvi-lo.
Em umas das vezes, passei por uma sala onde outro professor, Jorge Rezende, já falecido, ministrava aula para QUATRO alunos. Ele estava sentado em uma carteira e os quatro alunos sentados como que em volta, como em um trabalho de equipe. Depois um daqueles alunos, que era Oficial da OM, me disse que a aula foi fantástica!
Então, a “turminha deprê não é “deprê” por estar em poucos alunos, é por estar formado de múmias, corpos sem alma que estão ali na sala sem nem eles mesmos saberem porque.
or questão de proteção, quando entro em uma “turma deprê”, já digo logo: “Já coloquei presença para todos, e nada existe valendo nota hoje”, que é para ver se espanto aqueles fantasmas, mas não: eles ficam ali. Para assistir aula?
Não!
Pra que, então?
Pois é… pra que?