É aquele pergunta que começa com um “não” e termina com um “né?”
Imagine que você pode um suco de laranja, o atendente pergunta para outra pessoa: “Não tem suco de laranja não, né?”.
Você pede um sapato preto 37, ele olha para outro funcionário e pergunta “Não tem sapato preto 37 não, né?”
Quando escuto tais perguntas, tenho impressão que um preguiçoso está me atendendo e está torcendo para que não tenha mesmo aquilo ali, mas como não quer ficar com o encargo de dizer que “não tem algo que tem”, usa o ‘respaldo’ do colega de trabalho para dizer um não.
Além disso, significa que, mentalmente, o atendente não quer que tenha mesmo (e a pergunta foi apenas um ato falho) e, claro, torce mesmo para que não tenha o que perguntou.
Pior! Se houver dúvida se o algo existe ou não, a pergunta negativa recebida por outro de má vontade já soa como a confirmação de que aquilo “não tem, mesmo”. A vontade que tenho é ir procurar no estoque, não sem antes dizer ao negativista: “-Se eu encontrar, posso levar de graça?”. Na verdade, já perguntei mesmo isso umas duas vezes, obviamente recebendo um “não”, o que só prova que a pergunta era um subterfúgio para a má-vontade do atendimento mesmo.
Sempre que sou atendido por alguém de quem escuto pergunta negativa, penso três coisas:
Não tem um nessa loja para dizer a esse(a) atendente para não fazer essa caca?
Que diabos está essa loja fazendo com esse(a) atendente?
Espero nunca mais ser atendido por esse(a) atendente.
Então, senhor gestor e querido atendente, é essa a impressão passada quando se escuta uma “pergunta negativa”.