“A Grande Família” – enfim, o fim [resenha]

Mais um vez presenciei um “fim” na televisão. A última vez que cheguei em casa e era o “fim” de algo foi quando assisti à saída da MTV do canal aberto [post AQUI]; dessa vez, assisti ao último episódio da “Grande Família”.

É uma sitcom, tipo de comédia baseada em vida cotidiana; algo que, em tese, poderia ser um recorte da vida comum e real. Isso fez com que nos tornássemos mais próximos à série.

O roteiro tentou ser bom, mas acabou servindo de pretexto para a temática apoteótica. Em suma, atores famosos fariam um “especial alterego” da própria série, como uma espécie de tributo. Se EU escrevesse o roteiro, teria feito um carteiro entregar um pacote à família, que seria um DVD com o primeiro episódio da série, onde contariam piadas sobre as cenas de 13 anos atrás. Teria sido mais direto e cumpriria melhor a função – no episódio que foi ao ar, a trama com os atores-clones ficou sem resolução, simplesmente aplaudiram a Família original…

Uma frase desse último episódios nos deu um murro no estômago e nos deixou pensando: Nenê disse ” Sabe porque nós somos especiais? Porque nós decidimos ficar juntos todos esses anos.”

O personagem que eu mais gostava era o seu Flor, que nos deixou lá pelo la terceira temporada da série, o segundo personagem que mais gosto é o Agostinho.

O episódio que eu mais gostei foi nas duas vezes (ok, foram dois) em que apareceu a banda de rock do Lineu.

Bem verdade que o nível de humor foi caindo ao longo do tempo, na série. Tendo havido até episódios onde sequer existia piada; e um deles tristes, até.

Quando eu ia reclamar mentalmente que o Seu Flor não foi lembrado, começaram a passar, no final, as cenas de flashback onde o mesmo aparecia.

Quase que automaticamente começamos a pensar onde e como estávamos quando assistimos algumas daquelas cenas, na década passada.

Nas cenas de fhashbacks, mostrou como alguns dos atores envelheceram muito destes 13 anos; a primeira coisa que pensei: caramba, o quanto será que EU envelheci, quando alguém me olha?

Essa é uma série que acostumamos saber que existia às quintas, mesmo que não assistíssemos, ou só vez em quando, como eu, gostávamos de saber que ela “estava lá” (algo parecido com esse post AQUI). É o que na música chamamos de “pedal-note“, algo recorrente que nos deixa seguros de que estamos em “mais uma quinta feira”.

Sei que vai acontecer com essa série o que aconteceu com o seriado Carga Pesada: é questão de tempo para ter algum “revival” em algum evento especial, no futuro.

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É como vou gostar de lembrar: com o Seu Flor na família.

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