Foi ontem, e eu estava lá.
Bem, a Corrida Archer Pinto há muito não mais pertence só à Rede Amazônica: É um patrimônio da cidade, está em cada corredor, é a nossa São Silvestre.
A largada e chegada da Archer Pinto foi dentro do Studio 5, decisão inteligentíssima. O sinal de saída foi deflagrado pela Senhora Lourdes, neta de Henrique Archer Pinto.
Poucas pessoas, eu nunca tinha visto tão poucos corredores nessa corrida. Acho que é a crise. Ainda que a largada tenha sido às 7h, nem deu dez minutos o sol já nos torrava.
O trajeto foi inovador. Em volta do “Igarapé do 40”. O de 10 quilômetros trouxe mais quatro ladeiras que o percurso de 5Km não tinha, isso joga por terra a crença de que “dez quilômetros é simplesmente é o dobro de cinco”, não, às veze no trajeto é bem diferente e faz tudo ficar diferente – além disso, não nos esqueçamos que os últimos cinco quilômetros já se “inicia” com o cansaço e o ânimo abalado.
Lembro que quando passei pela placa do “Quilômetro 5” e vi várias pessoas já fazendo a volta para o final, por um momento me perguntei “por que não me inscrevi na de cinco?” – E o primeiro passo depois da “placa” representava, na verdade, uma nova corrida, dali para frente era a moral e a mente, e menos o corpo.
Exceto quanto a uns três quilômetros, entre o 6 e o 9, de quando em quando surgia estação de hidratação com água em abundância.
O último quilômetro pareceu extremamente longo.
Cheguei inteiro, feliz. Bem diferente de umas duas corridas em anos anteriores, quando chegava ou estraçalhado ou quase desmaiando (como a ´Corrida do Fogo´ de 2010 ou a ´Cidade de Manaus´ de 2009).
Na chegada, além da medalha, recebemos banana, maçã e um Gatorade (isotônico) – a recepção não podia ser melhor.
Por algum motivo não vi muito dos que eu sempre via em corridas, estariam viajando ou simplesmente não decidiram correr? Uma pena que estarei uns domingos envolvido em aula de preparatório para OAB, o que me vai fazer ficar sete domingos sem correr nessas corridas. Tudo bem, logo estarei nas corridas de novo.
Para mim foi a corrida da retomada. Depois do meu ano de 2014 infernal, é bom estar correndo agora em pleno projeto de livro novo.