Terminou o almoço (ou em algum fim de tarde livre) eu estou lá, em alguma cafeteria degustando um espresso (não é “expresso” não, eu pensei por anos que fosse!). Não é apenas a questão de “beber café”, é bem mais que isso, envolve:
RITUAL – Por um minuto que seja precisamos aprontar aquilo que vem na xícara: colocar açúcar e mexer, isso já aguça o tato e olfato. Prefiro adoçante líquido mas por nenhum motivo anticalórico: é que simplesmente é mais fácil de misturar, se eu estiver com pressa. É o sinal de que um terço do dia de trabalho (é que horário noturno, para quem trama em três turnos, acaba sendo parte do “dia de trabalho”, entendeu?) já passou;
MOMENTO – Naqueles três e vinte minutos em que se toma café, se para para pensar no dia, na vida, nos objetivos, onde se está e, como já aconteceu comigo, se corrigir alguma rota, ainda que com alguma pequena mudança em algo que se esteja fazendo; tomar café propicia insights. Isso sem falar que, quando estamos em cafeterias de shoppings, vemos pessoas passando o tempo todo, o que nos faz elucubrar várias histórias, possibilidades, explicações e análises sobre o que pode estar ocorrendo na vida de cada um dos transeuntes naquele momento… e na nossa.
GOSTO (acho a palavra “sabor” meio fresquinha) – Chega a ser inconsciente: se estou mais relax, com tempo, de paz, acabo sempre deixando o café mais doce; se estou mais pensativo, criando, estressado ou resolvendo algo, o café fica pouco adoçado, ficando com aquele gosto amadeirado-amargo; sempre que estou viajando em alguma nova ideia, sentir quele gosto forte e agressivo do café tipo que me traz de volta para o chão;
EFEITO – Se estou down, a cafeína me deixa up; se já estou up, a cafeína me deixa pronto pra malhar ou iniciar um de minhas corridas. Turbina a criação, ajuda a desvendar problemas – sei lá se é efeito apenas psicológico – me deixa mais pronto para o trabalho do próximo turno.
Obs.: Também gosto de chá, eis AQUI os motivos.