Esse é o primeiro de nove capítulos onde conto a saga do meu CD “As Cordas, Eu e o Nada”, que gravei em 2007.
# Você pode ouvir o CD AQUI (clique) #
A ideia
Em uma obra que estou ainda escrevendo “Manaus-Rock anos 90 – Eu estive lá”, conto a minha longa trajetória em meio às bandas de rock onde já toquei, desde 1988. Mas o fato e que isso tudo é passado. Mas é um passado presente, que incomoda. Algo parou antes de chegar ao fim.
Eu sabia que algo me ancorava. Assim, se eu não gravasse algo, me tornaria um velho frustrado, achando, ao final da vida que “faltou algo” na minha existência.
Então foi com essa ideia que resolvi gravar o CD, me libertar de um jugo, fazer as pazes com o passado, ficar leve.
Eu tinha um arquivo no Microsoft Acess com todas as músicas que já compus. Fui cotejá-lo e fiquei assustado: mais de músicas, nem eu lembrava mais que eram tantas. Algumas eu compus só, outras em parceria. Eu tinha que começar a dar vazão àquilo ali.
A primeira questão era o design do som: Uma banda ou apenas um instrumento? Um som de arena ou intimista?
A primeira ideia surgiu ainda em 2006, e teria apenas voz e piano, e o nome do trabalho seria “O piano e eu”. Eu e o piano, só. Abandonei a ideia porque depois fui raciocinar sobre apresentações ao vivo: Ou seria dispendioso eu levar um piano, ou ficaria chinfrim usar um teclado como piano.
A ideia estava pronta: Seria só voz e cordas, acústico. Três pistas de violão (dois de aço e um de nylon) e, em duas músicas, violino.
Era Julho de 2007 quando feria a gravação. Que é assunto do próximo post.