O motociclista (III)

Hoje escrevo sobre os motivos que me levaram a querer ser motociclista:

 

Economia – Acho que o que gasto de combustível em uma semana pode manter a moto rodando o mês inteiro; um dia, quando tiver o primeiro mês de experiência prática, postarei o sumário desse corte aqui;

Agilidade – Sei bem o que eu passei nos dias de terá e sexta do semestre passado: eu tinha aula em uma faculdade até quase quatro da tarde, e às 16:20 eu já devia estar na outra faculdade. É óbvio que sempre chegava uns dez minutos atrasado na segunda. O trânsito era meu maior inimigo, ficava lá preso. Espero não mais viver essas situações estressantes quando estiver sobre as duas rodas, já que a lei não proíbe que se pilote por entre os carros. Assim, moto é sinônimo de mobilidade melhor, nesses casos;

Rapidez – Mesmo em situações de trânsito limpo, estar de moto significa poder ser muito mais rápido do que de carro; embora não seja essa uma de minhas metas;

Emoção – O fato de ser perigoso, por incrível que pareça, apenas me impele mais à a aventura. Em 1990 estive em Cabo Frio, entrei em um caiaque na praia e um cara disse “Não vá muito longe, pois lá é mar aberto e não se sabe o que pode aparecer” – Adivinhe para onde eu fui? Fui tão longe que foi quase uma hora e meia remando, já quase escurecendo, para voltar à praia. Em 1996 eu fui… parquedista. Então, desafiar o risco é algo que me atrai, de alguma forma. O perigo torna-se um elemento de emoção.

 

Sei bem que existem riscos reais, são dois os grandes perigos:

 

A própria moto: Um veículo de duas todas é naturalmente feita para cair, logo, o primeiro desafio é mantê-la na vertical. Para alguém com a minha altura, isso é especificamente ainda mais difícil.

Os outros carros: Em geral, motorista não gosta de moto, porque alguns motociclistas realmente são de matar, saem batendo nos retrovisores (eu já fui vítima disso); e existe um ressentimento em alguns motoristas por verem as motos indo mais longe e rápido nos congestionamentos, sem que os mesmos possam fazer, então, na primeira das oportunidades, adoram ameaçar as motos. Se esta estiver ocupando o lugar de um carro, então… vira alvo, infelizmente.

E, claro, qualquer acidente em moto potencializa os danos ao condutor – No carro o motorista está na célula de sobrevivência, com ferro por todos os lados, na moto, o para-choque é sua própria perna. Minimizemos tais riscos usando os aparatos de proteção. E que, se eu cair, me lesione pouco; e não deixe de ser motociclista por queda alguma.

Esses riscos entram no elemento-emoção a que me referi nas vantagens.

Isso é imagem da internet, não sou eu (ainda).
Isso é imagem da internet, não sou eu (ainda).

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