Um acessório (na verdade, a falta dele) pode matar um principal.

Sempre que vou comprar uma impressora pergunto se tem o cartucho de tinta para a mesma. Se não tiver é o sinal de que aquele material de reposição é difícil de encontrar… e não compro a impressora.

Dia desses fui comprar uma máquina de cafés, daquelas Dolce Gusto. Minha segunda pergunta (porque a primeira foi o preço), é se tinham as cápsulas de café; a resposta: “Não, mas em qualquer supermercado tem”. Pois é, podia até ser verdade, mas não viram a cor da aminha compra (nem o vendedor a da sua comissão).

Em uma loja de eletrônicos, após saber o preço de uma filmadora digital, perguntei logo se tinha a capa pra ela (na caixa dizia que existia para venda, separadamente), a resposta foi a de sempre: “não temos”.

O que essas três histórias tem em comum? Bem, a loja deixou de vender o bem por não ter o acessório do bem à venda.

Se é verdade que, no direito civil, o principal tem existência própria e o acessório o segue, na área empresarial, mormente no comércio, o acessório pode definir o destino do principal.

Simples assim.

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