“JOIN” – Aqueles dois dias de outubro de 2012

Na última quinta, 18 de outubro, tive um susto: Ao chegar na faculdade, tudo estava bem diferente. Um mega evento estava acontecendo ali: a JOIN – “Jornada Interdisciplinar”. Aconteceu na Faculdade Martha Falcão.

Como eu defini para mim, a “JOIN” foi um Misto de Feira de Ciências, Festival Universitário, Encontro Literário e Jornada Artística, tudo ao mesmo tempo no mesmo local.

Cada curso apresentava e mostrava algo referente à “Semana de Arte Moderna de 1922” (esse era o tema do evento. O prédio da facul foi todo ´re-arrumado´ para se configurar para o evento. Bem, como um visitante deslumbrado (embora professor da facul, me tornei visitante do evento), comecei a circular. Gostei tanto que depois refiz todo o trajeto, dessa vez tirando fotos e guardando as impressões, que passo a escrever:

Em uma sala vi obras produzidas por alunos da faculdade – como só nos conhecemos de ambiente acadêmico, nos cursa creditar que naquele colega existe um artista talentoso: a oportunidade estava lá.

Em outra sala pude ver obras de artistas plásticos já consagrados aqui no Estado. Maior cuidado pra conseguir tirar fotos sem flash (um dia escrevo sobre essa proibição, existente em qualquer museu do mundo).

Podia-se ver em uma sala uma reunião de relíquia de games, desde telejogo, joguinhos eletrônicos de mão como os Game & Watch (já escrevi sobre eles AQUI), até moderníssimos games com captação de movimentos.

Havia uma sala com cinema, onde foram projetados alguns filmes antigos (lembre-se: o tema estava ambientado em 1922!) e filmes produzidos por alunos. Por falar em cinema, até carrinho de pipoca havia no corredor; bom! 🙂

Em uma sala havia um pequeno museu do audiovisual (eu estava em casa!) Pude ver máquinas fotográficas antigas (incluindo uma Polaroid!), vitrola, fitas, máquinas de escrever, câmeras de vídeo, de slide (eu estava me sentindo em casa, foi a sala que mais gostei, pois sempre escrevo sobre eletrônicos antigos) e, no outro lado da sala, a modernidade: apresentação de filmes 3D. Já escrevi sobre essas quinquilharias-parte-de-nossas vidas aqui no blog).

 

Entrei em uma sala onde havia um museu da contabilidade, onde vi algumas máquinas de calcular antigas (mas, acreditem, que cheguei a usar no fim dos anos 70, com ao Facit). Livros de escrituração e até uma caixa registradora daquelas da Casa do Óleo de 1980. Lembro bem do barulho delas funcionando!

Em outro espaço estava tendo encontro com autores de livros, que apresentavam e comentavam suas obras, respondendo perguntas da plateia.;

Umas instalações artísticas chamavam a atenção, com uma aranha bem grande e uma teia, ao lado do elevador;

No auditório havia algumas palestras, que não assisti, mas me contaram que foi legal.

Ao lado da piscina havia um paredão de tela, onde artistas plásticos grafitavam (incluindo o meu amigo e Turenko Bessa);

 

Na quadra interna havia umas exposições temáticas de alguns cursos e um palco, onde teve música e stand-um comedy;

Ao sair do prédio principal, descobrimos que ainda não havia acabado o que ver, pois na quadra externa estava os trabalhos do curso de comunicação, com estúdio de fotografia, umas apresentações sonoras e algumas peças de jornalismo.

Os locais eram ornados com placas indicativas do que havia naquela estação e qual curso e turma produziu o trabalho.

 

E meio a tudo isso, os visitantes recebiam passaporte que continham espaços para carimbos, e nas diversas exposições do espaço haviam estações que carimbavam os espacinhos, era a prova de que o visitante esteve em todas as exposições do evento.

Esse passaporte com os carimbos geravam horas de atividades complementares.

 

O curso de direito? Bem… temos um problema… a comunidade discente e discente de direito, simplesmente, são renitentes a eventos, qualquer que seja; extracurriculares e interdisciplinares, então, nem se fala… (sim, os integrantes da comunidade jurídica são assim, é uma triste mas real verdade).

Como bom integrante de tal grupo, sou também avesso a tudo isso mas, devo admitir, o evento estava realmente esplêndido e os alunos de direito poderiam participar, e bem mais. Mas como já temos fama de indolentes quanto a operar em tais eventos, a “única” participação do curso (pequena, mas muito legal, sem trocadilho!) foi a apresentação de filmetes de um minuto, sobre a obra “Oração aos Moços”, de Rui Barbosa, já que foi a obra jurídica de destaque em sua época, contemporânea à Semana de Arte Moderna. A atividade foi capitaneada pela minha colega, Professora Marília Freire.

 

Acabou sendo uma lição para nós, integrantes da área do direito: O evento existiu e foi um sucesso sem precisar de nós para isso – mas poderíamos tê-lo ajudado a ser ainda melhor (ou não?).

Parabéns aos responsáveis e organizadores da JOIN, fizeram um ótimo trabalho!

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