A crise política, até aqui

Isso é para você, meu filho, que está lendo isso aqui em 2040, para saberem como estava a situação política do Brasil em 2016. Mas também pode ser para você que esteve em Marte e não está bem situado aos fatos em volta…

No início foi apenas a insatisfação contra a governante, a isso foi se somando à insatisfação contra o próprio PT.

E então, era aquele 2015:

  • As denúncias começaram, várias além das que já existiam. Propinas, compra de votos, obras superfaturadas etc.
  • A fonte das denúncias são os fatos apurados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal;
  • O Juiz Federal responsável pelas medidas judiciais da investigação é o Magistrado Sérgio Moro, já tido como o anjo incorruptível que está com a vassoura da limpeza;
  • Burburinho de impeachment iniciava, a princípio parecia uma ideia irreal, mas ganhou fôlego;
  • As investigações chegaram a Lula, e a Presidente o nomeou ministro, para que tivesse foro privilegiado e fosse protegido e inocentado por supostos ministros apaninguados, nomeados no STF durante a gestão do PT – se assim não foi, foi o que ficou claro aos olhos de todos
  • O Judiciário barrou a nomeação de Lula, que chegou a tomar posse, logo saindo do cargo;
  • A população se sentiu afrontada, e finalmente o Impeachment ganhou corpo;
  • Surgiu um diálogo gravado na mídia, que estava sob sigilo, entre Lula e a Presidente. O Juiz Sério Moro retirou o sigilo e entregou a gravação para a imprensa – isso fez com que o juiz fosse apontado como partidário do chamado “golpe”. De qualquer forma, até juristas estranharam a atitude;
  • Um dos delatores entregou nomes de políticos que receberam gordas doações de campanha, resultado: vários políticos até então de “mãos limpas” se viram figurar na lista, isso foi um banho de áagua gelada em muitos defensores do impeachment;
  • Nomes fortes e imprensa igualmente influente se polarizaram – não havia ninguém em cima do muro;
  • O PMDB abandonou o governo;
  • Quando tudo fica provado contra o PT, ele joga a origem do esquema para a gestão anterior, a do PSDB;
  • Um dos líderes do movimento contra a presidente é outro “santo”: o Cunha, igualmente tão sujo quanto..
  • Nas redes sociais, igualmente as postagens estavam polarizadas;
  • O PT chamava qualquer ato contra o governo de “Golpe”; embora “golpe” foi o que a Presidente intentou ao nomear Lula Presidente;
  • Um político morto em 2011, Celso Daniel, teve seu caso oficiosamente reaberto, pois agora ligam sua morte ao esquema de corrupção reinante desde então;
  • Igualmente não falta quem queira ligar os atos de impeachment ao golpe militar de 1964, fazendo vários paralelos de fatos entre eles.
  • Enquanto escrevo, já intentam impedir o vice de assumir;
  • Outro tema em questão é a convocação de novas eleições, antecipando a escolha do próximo presidente;

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *