Tenho mais de 70. Coleciono.

Qualquer atuação que demande voz, se precisa manter a garganta molhada. Usar copo descartável tem desvantagem de nos fazer ter que controlar a pressão, senão o amassamos – e isso tira o foco do nosso pensamento na atividade principal. Usar copo de vidro tem o perigo de quebrá-lo. É aí que surge o “Travel Mug”.

A diferença é que a caneca tem a manopla, a alça de segurar, o copo, não. O uso de um e outro varia até de acordo com o estado de espírito do dia: mais agitado: copo. Mais calmo: caneca.

Perante plateia hostil, ter uma travel mug na mão dá a tranquilidade de não ficar sem saber o que fazer com as mãos (evitando colocá-la no bolso, o que denotaria insegurança e fuga).

Embora tenham a alcunha de “térmico”, não se iluda: são não. De meia a uma hora depois de colocar algo lá, já está à temperatura ambiente. Sua função é manter algo à mão (literalmente) para ser bebido, com segurança e mínimo de estilo (pelo menos sair do copo descartável, que já traz a conotação de algo emergencial).

Um colega de cátedra me disse certa vez (não sei se em tom de brincadeira): “Pow Marco, é legal que dá pra beber cerveja sem a turma ver que estamos bebendo alcool, né?” – Então tá…

Existem dois tipo de tampas: anti-derramamento e anti-respingo. As com tamba anti-derramamento são raras, nessas, pode virar de cabeça pra baixo que nada derrama mesmo. O mais comum são as travel mugs com tampa anti-respingo, que dão a garantia que durante o caminhar ou trajeto de carro nada vai ficar espirrando, mas segurar de cabeça pra baixo…

Até incorporei essa mania em um dos personagens do meu livro “Nivi”.